Precisamos encontrar meios
para enfrentar a inércia das políticas públicas culturais brasileiras,
acomodadas num formato desgastado de Editais que não são sinônimos dessas
políticas, mas sim um dos inúmeros mecanismos que estas têm para fomentar a
cultura no nosso país. A economia solidária é uma das alternativas viáveis e já
comprovada a sua eficiência, entre outras.
As redes, os grupos, as
comunidades devem reforçar essas novas estruturas que surgem. Não podemos mais ficar
a mercê dos interesses políticos do governo que nos trata com perversidade e
tirania com atrasos de repasses de verba, com a formularização (de formulários)
da nossa arte, enquadrada e subalterna a interesses escusos que podemos ter
ideia, mas nunca saberemos exatamente quais são.
É urgente a sociedade se
mobilizar porque mesmo quem não produz arte, mesmo estes, são também cultura e
fazem parte desta.
Quando se apoia um projeto,
não se está beneficiando apenas ao seu idealizador, mas também a inúmeros
profissionais que constituem uma rede. Quando se apoia um projeto está
afirmando que a sociedade também se responsabiliza por sua cultura e que exige
novos caminhos que não sejam submissos às leis de mercado.
Escrevo este texto pensando
nesse turbilhão de coisas que me chegam com o projeto no Catarse, esta
mobilização emocionante, esta força que a união de pensamentos, sentimentos e
desejos pode alavancar um mundo. É difícil para mim ficar pedindo ajuda se a
quem recorro não entender que é um investimento numa área tão abandonada e que
precisa de cuidado, respeito por ser nosso bem maior.
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